Tem escrita nas mãos a palavra liberdade. Ocorre-nos, esta frase, quando nos lembramos da vida e obra de Pauline Oliveros. A música como centro. Um centro que se expande e não encontra limites. A música como expressão de uma individualidade.
Múltiplas individualidades, a dela, e a nossa. Um instrumento tradicional [acordeão], tocado de uma forma não convencional. Uma cidade que se larga e uma condição que se abraça – de pioneira musical. A universidade como o que sempre deve ser - um centro de investigação. E mesmo aqui única – a única mulher.
As inúmeras pesquisas sonoras, partilhadas pelos mais diversos seres. Comunhão nunca condicionada. Nas mãos tem escrita a palavra liberdade. Com o olhar penetrante e imaginação vívida conversa com a lua. Pauline e nós. Sempre n∞s.
[Apresentação do livro] ‘Pauline Oliveros - A Escuta Quântica’ por Mariana Vieira e Cobramor
Qual é a diferença entre ouvir e escutar? O som tem consciência? Consegue imaginar ouvir para além dos limites da sua imaginação?
Em resposta aos movimentos anti-guerra dos anos 60, a música e compositora pioneira Pauline Oliveros começou a expandir a forma como fazia música, experimentando a meditação, o movimento e o activismo nas suas composições.
Pauline Oliveros foi uma compositora e acordeonista norte-americana e figura central no desenvolvimento da música experimental e electrónica do pós-guerra .
A Escuta Quântica é um manifesto pela escuta como activismo. Oliveros mostra como a Escuta Profunda é a base para uma matriz social radicalmente transformadora: uma em que a compaixão e a paz constituem a base das nossas acções no mundo, ao fundir tecnologia e espiritualidade.
[Filme] ‘Deep Listening: The Story of Pauline Oliveros’ conta a história da icónica compositora, intérprete, professora, filósofa, inovadora tecnológica e humanitária, Pauline Oliveros. Ela foi uma das música electrónicas mais originais do mundo, uma das únicas mulheres entre os compositores americanos notáveis do pós-guerra, uma mestre acordeonista, professora e mentora de músicos, uma porta de entrada para a música e o som para não músicos e uma inovadora técnica que ajudou a desenvolver tudo, desde ferramentas que permitem que músicos toquem juntos em diferentes países até software que permitem que pessoas com deficiências graves criem belas músicas. Na vanguarda da música americana contemporânea por seis décadas, sua história ilumina o caminho de como chegamos onde estamos e para onde o futuro nos levará no mundo da música, da filosofia do som e da arte de ouvir.
‘Weintraub faz uso de um arquivo de fotografias raras, filmes caseiros, partituras desenhadas à mão e diagramas de fluxo de sinais, trechos de músicas inéditas e filmagens, também raras, de apresentações ao vivo para dar uma impressão de Oliveros que é encantadoramente engraçada, sábia e profundamente real, mas sem distorcer o seu mistério essencial.’
‘O que emerge é uma imagem clara de uma prática criativa profundamente integrada e profundamente humana, baseada na atenção e na inclusão.’
[Leah Kardos, The Wire / On Screen]
Com entrevistas e apresentações ao vivo de: Terry Riley, Anna Halprin, lone, Linda Montano, Laurie Anderson, Thurston Moore, Alvin Lucier, Claire Chase, Nels Cline, Miya Masaoka, Morton Subotnick, Tony Martin, Ramon Sender e muitos outros artistas inovadores.
[thestoryofpaulineoliveros.com]
Organização | Nariz Entupido I Traça edições
Entrada | 05 euros
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